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Artigos Quinta-feira, 18 de Agosto de 2022, 08:38 - A | A

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Quinta-feira, 18 de Agosto de 2022, 08h:38 - A | A

GRHEGORY MAIA

Então, é outubro: tempo do eu e do outro!​

GRHEGORY P P M MAIA

Reprodução

GRHEGORY MAIA

 

É chegada a hora! Outubro já se aproxima, ou melhor, outubro é hoje! Um cenário extremamente importante para a sociedade brasileira e que não deve ser desvirtuado com atitudes antidemocráticas, brigas e disputas baseadas no ódio. De largada, registro que não tenho “lado” partidário ou estimação; logo, não me culpem se a “carapuça” servir.

É bom que se diga que há sensatez pela democracia. É ela que promove a efetiva mobilização dos poderes da República e a pacificação dos espíritos agitados pelo momento que se aproxima. Qualquer percepção que leve a uma polarização indesejada gera riscos com consequências que atingem todos os cidadãos e afetam a percepção da democracia enquanto aquela que garante a estabilidade social.

Nesse período, ainda mais, não se deve prosperar aquela devastadora perspectiva do "nós e eles". O nosso país demanda um projeto comum, tenro e de união.

A reflexão política de cada cidadão que integra o nosso Brasil é como um regador de plantas capaz de fazer cada protagonismo institucional florescer e, principalmente, dar frutos.

As instituições políticas foram, são e continuarão sendo compostas por uma multiplicidade de pessoas. Todavia, essas pessoas vão e as instituições permanecem. Dentre todos erros e acertos, são essas instituições que vem contribuindo com a construção de um país melhor. Essa reafirmação pertence a cada um de nós.

O rumo da humanidade se lastreia na expectativa do que está por vir e do que cada um dos governantes poderá fazer pelo Brasil, na espera de que o melhor para os cidadãos seja a diretriz a ser seguida.

Dessa forma, o mecanismo para garantir a sensatez é o de entender a ideia de aceitar o outro e sua escolha, ainda que divergente. O consenso, muito mais do que em escolhas ideológicas partidárias coincidentes, revela-se no seguinte ponto comum: concordar em discordar.

Nesse ponto, a alteridade ensina que o ‘eu’, enquanto sujeito, depende do ‘outro’. Em outras palavras: é pela existência do outro que posso eu também existir.

As sociedades são plurais, composta por inúmeras pessoas, cada qual com um saber específico, experiências e opiniões divergentes que foram e são formadas a partir da visão particular de mundo que carregam. Com isso, pode-se dizer que é quase impossível, por assim dizer, o predomínio da homogeneidade.

Aliás, nem mesmo deveria ser desejável. Que chato seria se todos pensassem igual, se não houvesse divergência, já imaginaram? Qual seria a graça? Que monotonia! É a crítica e a divergência que nos inspira a pensar, refletir, sair da zona de conforto, do comum e nos leva, finalmente, à reflexão.

Portanto, é a diferença que traz cor ao mundo. É ela que ilumina e realça as individualidades sem retirar ou apagar aquilo que também os enlaça: a dignidade.

A intolerância ao gosto do outro legitima e potencializa a existência de regimes autoritários e a história já mostrou que a tentativa de definir o que o outro deve acreditar é uma forte expressão de um poder opressor. Esse comportamento parece acompanhar o caminhar do povo, porém precisa ser extirpado e combatido diariamente.

É no hoje que podemos e devemos construir uma nova narrativa fundada na tolerância. Afinal, como bem ensina Manoel de Barros: “a maior riqueza do mundo é sua incompletude”. Que as diferenças e o respeito a elas sejam celebrados como virtudes que são.

O tempo é de fé e crença em dias melhores para o nosso país e para o projeto de Brasil que queremos. E, se tudo isso soa como esperançoso, destoante da realidade, aceito a condição.

Enfim, é preciso muita coragem para pensar, sobretudo para acreditar que outubro pode significar um grande passo para corrigir o rumo da história. Por tudo, finalizo, assim como o poema acima citado, suplicando: “perdoai, mas eu preciso ser outros”.

(*) GRHEGORY P P M MAIA é Procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso; atual consultor jurídico geral do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso; doutorando em direito constitucional; professor da Universidade Federal de Mato Grosso.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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