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Artigos Segunda-feira, 27 de Janeiro de 2020, 11:22 - A | A

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Segunda-feira, 27 de Janeiro de 2020, 11h:22 - A | A

JULIANA SCARDUA

Confiabilidade e reputação

JULIANA SCARDUA

Reprodução

Juliana Scardua

Dois dias após comemorar, orgulhosamente, nove anos de atuação empresarial, leio na condição de verdade científica algo que intuía: o índice de confiabilidade do brasileiro na figura do empresariado é aterrador. Nova rodada da Pesquisa XP com a População aponta que 57% dos entrevistados não confiam em empresários. Rejeição retumbante num universo de mil pessoas ouvidas no período de 13 a 15 de janeiro.

A pesquisa também revela que 54% dos brasileiros não confiam na imprensa. Até aqui, amargo duplamente a condição de jornalista por formação e empresária por decisão. Mas as reprovações não param por aí. O Senado é o terceiro na lista da não confiança (79%), atrás apenas dos partidos políticos (89%, win!) e da Câmara dos Deputados (83%). O retrato desolador no termômetro da confiabilidade pública nos lembra de um passado não muito distante para uma jovem senhora Democracia, onde agremiações como Arena, MDB e os rivais PSDB e PT inspiravam paixões genuínas, legitimamente contributivas ao processo de amadurecimento político da nação que procurava se reinventar após os Anos de Chumbo.

A pesquisa devota um aparte aos governadores. A regularidade, que não seria forçoso apregoar como apatia, dita a avaliação popular dos chefes estaduais do Poder Executivo, cuja performance é tida como “morna”, por assim dizer, por 43% dos consultados. Os 29% congregados no conceito de “ruim e péssimo” que se segue revela que cabem aos governadores, incluindo Mauro Mendes (MT), a habilidade e a sagacidade necessárias para que seus respectivos esforços, projetos e trabalho sejam percebidos e bem vistos pela população. Não discorrerei aqui sobre os números atribuídos ao presidente Jair Bolsonaro (recomendo a leitura completa da amostragem, por meio do link https://conteudos.xpi.com.br/politica/relatorios/pesquisas-xp-2/).

Os números aferidos colocam a todos, pois, diante de uma cada vez mais acentuada crise de reputações. Por reputação, entendamos o conceito obtido por uma pessoa, emitido a partir do público no qual está inserido. Ou seja, a percepção emanada pela comunidade e o valor que esta atribui a determinada marca, seja ela institucional, mercadológica, política, pessoal. Mas afinal, num Brasil onde instituições tradicionais seguem a alimentar escândalos ou exemplos pouco honrosos, onde variadas lideranças seguem a demonstrar opiniões e decisões, por inúmeras vezes, pouco elogiáveis, seria possível deparar com índices de confiabilidade mais exitosos?

Tomando emprestada a expressão do ídolo Clovis Rossi, costumo observar que política, tal qual o jornalismo, é conquista de corações e mentes. Há que se conquistar mentes e corações para gerar leads, para estimular processos de tomada de decisão, para converter intensão em vendas. No plano da política eleitoral, para gerar votos, para gerar empatia e influir o processo de aceitação de determinada marca-candidato(a).

Numa prateleira de diversas marcas que pouco engajam ou inspiram admiração, sôfregas no julgo da arena da opinião pública, aquelas que mais conseguem se aproximar, de forma regular, saudável e respeitosa, de seus stakeholders, incluindo aqui a entidade chamada eleitor, são as mais elegíveis a maiores patamares de confiança e respeitabilidade. Eis, pois, o invariável caminho da reputação: trabalhe para conquistá-la, trabalhe para honrá-la, trabalhe para preservá-la.     

                                                                 

(*) JULIANA SCARDUA formada em Comunicação Social pela UFMT, é empresária, pós-graduada em Gestão de Marketing e bacharel em Direito

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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