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Artigos Segunda-feira, 21 de Setembro de 2020, 08:42 - A | A

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Segunda-feira, 21 de Setembro de 2020, 08h:42 - A | A

KARIN KRAUSE

Como a fumaça das queimadas pode prejudicar sua pele

KARIN KRAUSE BONETI

Reprodução

Karin Krause Boneti

Acordar e vislumbrar uma nuvem cinza cobrindo a cidade se tornou uma cena triste, porém cotidiana nos últimos tempos em Mato Grosso. As altas temperaturas aliadas à baixa umidade do ar e ao vento intensificaram o aumento drástico (e rápido) do número de incêndios. Um estudo realizado pelo Instituto Centro de Vida (ICV) apontou que, em meio ano, as queimadas consumiram cerca de 1,7 milhão de hectares de todo o estado mato-grossense.

Com a natureza em chamas e fuligem em cada esquina, assim como o recente decreto de estado de calamidade, muitas pessoas têm se perguntado: será que toda essa fumaça pode prejudicar a pele, além da saúde em geral? Infelizmente, a resposta é um sonoro “sim”! Com certeza, ela pode, irá ou provavelmente já prejudicou o maior órgão do corpo humano.  

Durante a queima de biomassa, ou seja, matéria orgânica (como árvores), libera-se um grande número de diferentes poluentes, como monóxido de carbono, óxido de nitrogênio, material particulado e hidrocarbonetos. Isto é, grandes quantidades de partículas nocivas à saúde, cujos efeitos incluem desde o aumento do risco de desenvolver/agravar doenças respiratórias (asma, bronquite e rinite) até quadros de dor e ardência na garganta, rouquidão, dor de cabeça e irritação ocular.

Com a pele não é diferente. Ela também sofre – e muito – com a fumaça, o calor intenso e o clima de baixa umidade. Afinal, por ser um órgão de interface, sua principal função é exercer um método de barreira entre o organismo e os agentes externos. Mas, calma: não há nenhum dano para a pele que não possa ser evitado ou, pelo menos, tratado.

O primeiro passo é a prevenção. É aconselhável que você fique longe do contato direto e/ou prolongado com o fogo e a fumaça. Também é fundamental adotar medidas para evitar quadros de desidratação, ressecamento excessivo (xeroderma), alergias e infecções cutâneas. Porém, definitivamente existem situações em que isso não é possível e logo a fumaça obstruirá seus poros, enchendo-os com partículas de fuligem e cinzas.

A questão é que, uma vez absorvido pela pele, o material produzido em um incêndio pode infligir seus danos ao criar estresse oxidativo por meio da produção de radicais livres. Essas moléculas instáveis podem gerar o envelhecimento precoce e causar danos à saúde da pele e do organismo. Além de propiciar o surgimento de rugas e manchas, as partículas também podem agravar doenças inflamatórias da pele – como psoríase, dermatite atópica e acne.  

Vale reforçar que tal panorama também pode ser traduzido como resultado do expossoma. Ou melhor, dos impactos que fatores externos (como queimadas, poluição, fumaça de cigarro e radiação ultravioleta) e internos (como estresse, má alimentação e péssima qualidade do sono) podem causar à saúde da pele, pois otimizam a produção de radicais livres ávidos por colágeno. 

Tanto que uma das maneiras pelas quais você pode notar os danos causados pela fumaça em sua pele é por meio do colágeno danificado. Ele é a proteína que mantém sua pele forte e firme. Sendo assim, quando o colágeno é danificado, sua pele naturalmente começa a formar rugas profundas. Logo, é muito importante aderir a uma dieta saudável e rica em antioxidantes, que irão bloquear a ação dos radicais livres produzidos pelo expossoma.

É recomendável que você procure atendimento profissional para avaliar a complexidade e gravidade da sujeira e dos danos que a fumaça trouxe para sua pele. Assim, o médico dermatologista recomendará o tratamento adequado, que pode envolver desde o consumo de alimentos com vitaminas C, E e A até o emprego de substâncias antioxidantes manipuladas para uso oral ou tópico (com vitamina C).

Para além disso, como sempre, certifique-se de beber bastante água e prosseguir com os cuidados diários com sua pele para recuperar a sensação de frescor. A propósito, as queimadas liberam uma quantidade considerável de fumaça, o que pode criar mais névoa no ar. Mas, não se engane: essa “cortina” não impede totalmente a ação dos raios ultravioleta, que é um dos principais causadores de danos à pele. Ou seja, use protetor solar – sempre.

 

(*) KARIN KRAUSE BONETI é médica dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e diretora clínica da Frémissant 

 

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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