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Artigos Sexta-feira, 05 de Junho de 2020, 08:37 - A | A

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Sexta-feira, 05 de Junho de 2020, 08h:37 - A | A

NEILA BARRETO

Ana Luíza Prado Bastos: primeira mulher a ocupar uma cadeira na A.M.L

NEILA BARRETO

ARQUIVO PESSOAL

NEILA BARRETO

Ana Luíza Prado Bastos, nasceu em Cuiabá-MT, aos 24 de agosto de 1898, filha de Egídio da Silva Prado e Regina Leverger Corrêa Prado, descendendo de Augusto João Manuel Leverger.

Seus estudos foram realizados na Capital, tornando-se professora pela Escola Normal Pedro Celestino, formando-se no ano de 1917, ocasião em que foi lecionar em Três Lagoas (MS) e, depois, em Campo Grande (MS), em 1932, durante as décadas de 30 e 40. Só retornou à capital em 1946, quando reafirmou a sua posse na academia. Era conhecida, na intimidade, como Professora Galega.

Em 1921, quando foi criado o Centro Mato-Grossense de Letras, integrou o quadro dos sócios fundadores e, também, sua primeira diretoria, na função de Tesoureira, depois ocupou a Cadeira 27, da Academia Mato-grossense de Letras – AML, em 1932, permanecendo nela por seis décadas, com 30 membros.

Foi uma das fundadoras do Grêmio Literário Júlia Lopes, ao lado de Maria Dimpina Lobo Duarte, Marianinha Póvoas, Maria de Arruda Müller, Regina Prado e muitas outras, responsáveis não só pela administração da entidade, mas vanguardistas no espaço cultural, criando a revista A Violeta, periódico de grande circulação nos meios intelectuais de Mato Grosso.

Detentora de cultura exemplar, colaborou em diversos periódicos de Mato Grosso, a exemplo da Revista Folha da Serra, de Campo Grande, contribuindo com muitos artigos sob o pseudônimo de Delorme Vaz, no periódico “Folha da Serra” e, também, Zilá Donato, na Revista Violeta. Com suave inclinação para as Letras, possuidora de um estilo delicado, ainda colaborou com diversos outros jornais mato-grossenses.

Em 1923, ao se casar com o escritor e jornalista Clodomiro de Oliveira Bastos, mudou-se para Campo Grande (MS), onde, em 1935, onde fundou a Escola Primária Barão de Melgaço, contribuindo para o desenvolvimento da educação e da sociedade. Dela foi a única proprietária até o final da década de 1960.

Teve efetiva participação nas obras de cunho social, cultural, e filantrópico nas cidades em que residiu, conforme registrou a professora Yasmin Jamil Nadaf, escritora e, também, membro da Academia Mato-grossense de Letras.

Lecionou na escola normal de Campo Grande (MS), nas décadas de 30 e 40, junto às professoras cuiabanas que deixaram seu nome na história do ensino de Mato Grosso, tais como: Maria Constança de Barros Machado, Elisa Silva, Elvira Pacheco, Simpliciana Correa, Helvecina Reveilleau, Sofia Berenece. Essas professoras enfrentaram corajosamente um meio estranho, moravam em casas de amigos e dedicavam-se de corpo e alma ao ensino. Nunca faltavam às aulas, nem reclamavam das longas horas que passavam ao lado dos alunos. Quando casavam, repartiam com os alunos o amor dos filhos, da mesma forma que fazia a professora Vera Pereira do Nascimento, em Nossa Senhora do Livramento (MT).

Palestras diversas foram proferidas pela Acadêmica Ana Luiza. Depois dela e de Maria de Arruda Müller, levou muito tempo para que outras mulheres viessem tomar assento numa cadeira na Academia Mato-grossense de Letras (AML), na Casa Barão de Melgaço, como as escritoras Vera Yolanda Randazzo, e Maria Benedita Deschamps Rodrigues, ambas de respeitáveis prendas e de muita produção na área da cultura mato-grossense.

Hoje, a AML soma mais mulheres, tais como: Elizabeth Madureira Siqueira, Nilza Queiroz Freire, Marília Beatriz de Figueiredo Leite, Maria Cristina Aguiar Campos, Sueli Batista dos Santos, Lucinda Nogueira Persona, Amini Haddad Campos, Olga Maria Castrillon Mendes, Luciene Carvalho, Marta Cocco e Yasmin Jamil Nadaf e, 27 acadêmicos.   Hoje, a AML soma mais mulheres, tais como: Elizabeth Madureira Siqueira, Nilza Queiroz Freire, Marília Beatriz de Figueiredo Leite, Maria Cristina Aguiar Campos, Sueli Batista dos Santos, Lucinda Nogueira Persona, Amini Haddad Campos, Olga Maria Castrillon Mendes, Luciene Carvalho, Marta Cocco e Yasmin Jamil Nadaf e, 27 acadêmicos.  

A Cadeira Nº 27 tem como Patrono: José Barnabé de Mesquita (Sênior) e, já foi ocupada por Ubaldo Monteiro da Silva, atualmente, ocupada pelo escritor João Carlos Vicente Ferreira.

Depois de Ana Luiza na diretoria da A.M.L., tivemos como Nilza Queiroz Freire, Marília Beatriz Figueiredo Leite e, atualmente Sueli Batista dos Santos. 

Ana Luiza faleceu no Rio de Janeiro, aos 82 anos, lúcida e produtiva intelectualmente e, ainda escreveu uma poesia sobre o centenário de falecimento de Barão de Melgaço (seu bisavô), sob o título: AUGUSTO LEVERGER.

 

(*) NEILA BARRETO é jornalista, escritora, historiadora e Mestre em História e escreve às sextas-feiras para HiperNotíciasE-mail: [email protected]

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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