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Como se não bastasse o descontentamento de alguns setores da sociedade, em artigo intitulado “a medíocre economia brasileira, caindo em desgraça”, a tradicionalíssima e conservadora revista britânica “The Economist” voltou a criticar a política econômica do governo brasileiro. O artigo alerta que uma bolha de consumo e crédito está em formação e afirma que a atual política econômica do governo petista é equivocada e tem deixado os investidores confusos, pois falta clareza nas decisões. Além do mais, a revista salienta o aumento nos gastos públicos e a expansão do estado brasileiro. Cita por exemplo, os elevados gastos com o assistencialismo de cunho eleitoreiro.
Não tenho nada contra as políticas assistencialistas do governo. De forma discreta, convirjo com o ponto de vista de que elas são necessárias em um cenário onde há miséria e presença tímida do Estado. Logo para que desigualdades sejam sanadas tornam-se prementes medidas de superação dessa iniquidade e consequentemente a busca da emancipação do individuo. Minhas preocupações é que infelizmente a ausência de um controle rígido na distribuição desses recursos poderá está contribuindo para uma permanência dos indivíduos na condição de cidadão carente, ou seja, a pessoa começa a receber o recurso por tempo indeterminado, e assim não se preocupa em superar a sua condição de assistido, contribuindo para a reprodução das desigualdades de uma geração a outra.
O Governo gastará R$ 24,9 bilhões em 2013 com o Bolsa Família, valor que se fosse investido em educação, com a criação de escolas em tempo integral, onde as crianças passariam o dia estudando e praticando outras atividades de cunho cultural e esportivo; nessa perspectiva penso que os resultados seriam positivos e duradouros, pois todo o tempo da criança seria ocupado e utilizado na busca de conhecimento e desenvolvimento de habilidades.
Menos assistencialismo e mais educação e emprego. É disso que o país carece no momento. Tá na hora de começar botar esse povo para trabalhar. Chega senhora presidente! De gente como eu, e outros tantos milhões de brasileiros terem que trabalhar duro, para sustentar gente que se acostumou com um governo que “paga a conta no fim do mês”.
Na minha compreensão a melhor forma de combater a pobreza é investir em educação e geração de empregos, do que insistir em políticas assistencialistas e paternalistas. Penso que, se o país tiver uma população com alto nível educacional, logo, terá melhores condições de responder com eficiência as demandas e desafios do mercado de trabalho e consequentemente a nação caminhará com maior segurança no sentido de conter os efeitos de uma crise econômica. Ora, é chegado o momento de se fazer um aggiornamento na concepção de sociedade que queremos construir para a posteridade; será que é interessante insistir nesse assistencialismo ilimitado, onde escreveu não leu, cria se mais uma bolsa sustento?
Penso que não, o Brasil em seu momento atual de desenvolvimento, precisa mais de gente trabalhando e estudando do que de milhões vivendo na base da dependência do assistencialismo equivocado e perverso que o governo fomenta. Infelizmente, como sempre tenho dito, nossos governantes comandam o país ao sabor de alta popularidade, e essa vem das regiões menos desenvolvidas do país. Nesse diapasão o governo pouco se dedica a melhorar a qualidade da educação e ao incentivo de criação de novos empregos.
Defendo a hipótese de que o governo funciona com a seguinte lógica: para que mudar o atual cenário social e educacional do país se são essas massas facilmente manipuláveis que mantém as oligarquias no poder? Assim caminhamos para um futuro incerto e que nos reserva surpresas desagradáveis; ainda não perdi totalmente as esperanças e espero sinceramente que a presidente não tenha perdido a lucidez e aja de forma cirúrgica no sentido de conter a atual onda inflacionária que começa a corroer a economia brasileira.
(*) JOEL MESQUITA – Cientista Social, professor e Escrivão de Polícia e colaborador de HiperNotícias.
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Fernando Arantes 14/06/2013
Corajoso e destemido. É preciso ter coragem para escrever artigo com críticas duras e pontuais. Parabéns sr. Joel por ser autêntico e dizer o que pensa. Quanto ao desenvolvimento do texto, talvez o autor tenha incorrido em alguns deslizes. Mas como se trata de um texto de opinião, "há certa permissividade no estilo". O interessante é que a mensagem ficou clara e direta. No mais a crítica é normal e esperada, da parte de quem se sente atingido.
JOEL MESQUITA 14/06/2013
João Guilherme - Sylvester Stallone eu não sou...Mas confesso que gostei da comparação...? Rsrs... Aos demais obrigado por ler meu texto e pela crítica...A ideia é essa...Polemizar....
João Guilherme 13/06/2013
Este texto é um verdadeiro samba do crioulo doido no qual um parágrafo contradiz o anterior. Para um pretenso cientista social, Joel Mesquita utiliza os mesmos mantras entoados pela grande imprensa e repetidos à exaustão pela classe média. Pela foto que ilustra o artigo, o "intelectual" aí deve se achar o próprio Sylvester Stallone no filme "Cobra" de onde vem a pérola: "O crime é uma doença. Eu sou a cura". Quanto à inflação, a palavra só aparece no título da "análise" e some no corpo do texto.
Manoel do Bananal 13/06/2013
Só uma perguntinha para o rapaz do artigo: Entre a construção de um estádio de futebol (o novo verdão) e destinar os R$ 700 milhões para a Escola Pública, que decisão o empresariado mato-grossense tomaria... A que tomou: construir o estádio! A educação do povo não interessa ao grande empresariado preocupado só com o lucro subsidiado pelo Estado!
Pedro Ximburé 13/06/2013
Então o rapaz não é contra as políticas de assistência aos mais pobres, mas desce o porrete sem dó e diz que está no hora de botar essa gente pra trabalhar... Que lástima! É assim que se expressa o pensamento conservador, de direita: sempre culpando o pobre o miserável pela própria condição social. Presta atenção rapaz! A causa da pobreza ou miséria dessa gente não é natural, nem extra-humana. E ainda vem dá lição de economia defendendo os mesmos princípios econômico-financeiros defendidos pelo capital especulativo internacional... "Ah, dá licença!"
5 comentários