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AgroHiper Quinta-feira, 31 de Março de 2022, 15:17 - A | A

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Quinta-feira, 31 de Março de 2022, 15h:17 - A | A

PARECIS SUPER AGRO

Temática da sucessão abordada por psicólogo mira na aproximação entre familiares

Tema foi debatido na manhã desta quinta, durante realização da feira tecnológica

ALEXANDRA LOPES
Do Local

Toda e qualquer tipo de relação sofreu algum impacto significativo na pandemia da covid-19, iniciada em março de 2020. Smartphones ou TVs com suas infinidades de opções de divertimento se tornaram boas companhias em um longo período de isolamento social. Mas o efeito de atenção máxima que esses equipamentos causam acabaram resultando em outro distanciamento: de pais e filhos dentro da própria casa.

O psicólogo paraibano Rossandro Klinjey, que se tornou uma referência no país quando o assunto é criação no seio familiar, falou do tema na Parecis Super Agro 2022, evento realizado em Campo Novo do Parecis (390 km de Cuiabá). A palestra “Os desafios da educação para sucessão familiar” contou com a presença de 800 pessoas, divididas entre educadores, indígenas e produtores rurais. Exemplos dados pelo especialista, como se sentar à mesa para qualquer refeição, com o celular de lado, ou uma conversa mais eloquente sobre o dia a dia, conseguiram tirar da plateia expressões de “como algo tão simples parece tão difícil?!”.

Para o professor essa construção é uma caminhada, "porque no fundo tudo que a gente quer é ficar mais próximo de quem a gente ama e de nós mesmos", resume.

“A gente tem que lembrar que a gente não faz uma sucessão familiar eficiente se a gente não pensar nisso no futuro. A gente tem que pensar nisso na hora que o filho nasce. Construindo valores, construindo potências da alma, porque a vida é um desafio constante. E a gente tem que estar disponível, porque o maior presente que a gente vai deixar como pai ou como mãe não são hectares de terra ou plantações, mas a presença de alguém que ama e que cuida”, declara Rossandro ao HNT.

A professora Vera Lúcia, coordenadora de educação indígena na Secretaria Municipal de Campo Novo, relatou que tenta aplicar os métodos em casa. “A gente começa a perceber que não está errando na educação em casa. A parte da presença, do olhar, mostrando que está do lado é uma coisa que eu sempre quis colocar na educação das minhas filhas e, agora, elas também demostram. Porta do quarto sempre aberta, respeitando, obviamente, a privacidade, diminuir o uso do celular são coisas fundamentais. Se isso não for aplicado, quando chega na escola, que deveria ser nossa segunda casa, fica mais complicado. Porque, na escola, a vida também acontece. Não podemos deixar nossos filhos tão distantes de nós”, destaca.

Conforme Rossandro, a escola nesse processo de construção é parceira das famílias, não importando o segmento. “Produtor rural ou dono de indústria é a mesma dinâmica. Não importa se é no campo ou na indústria. É o amor. As pessoas têm competências de dirigir qualquer coisa. Seja uma grande plantação de soja ou de milho ou mesmo dirigir uma grande empresa de tecnologia. As dinâmicas emocionais são as mesmas. Quando nós amamos e educamos, os filhos dão certo. A escola não é contra a família, ela é parceira. Inclusive nessas competências emocionais. Nós temos que abraçar a escola e a família, para criarmos pessoas capazes”, finaliza.

NO CAMPO

Divulgação

Bruno, presidente do Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis

 

O presidente do Sindicato Rural do município, Bruno Giacomet, argumenta que a sucessão familiar é assunto de interesse entre os produtores rurais por conta da dificuldade de encontrar exemplos de sucessão que não aconteceram de uma forma positiva.

"A sucessão familiar é uma questão que vem sendo debatida em todas as famílias e em todas as empresas familiares. E, no caso dos produtores rurais, não é diferente. Há um certo tempo, buscava-se muita orientação jurídica para o processo, como abrir as empresas como regularizar a questão jurídica, pensado nos eventos de sucessão, mas desta vez, durante a Parecis Super Agro nós queremos trazer o lado psicológico. O lado de bons exemplos. Inserindo a mãe nesse contexto, o pai nesse contexto, os mais novos, porque é desde cedo que as pessoas vão se tornar sucessores, e não herdeiros", argumenta.

"Herdeiro é quando a pessoa pega uma coisa que já está construída. Sucessor é quando o filho constrói junto com o pai, e aí tudo dá mais certo. Esse é o nosso objetivo”, completa Bruno.

Segundo Bruno, existe uma rede de apoio que objetiva capacitar essas pessoas para uma sucessão familiar mais eficiente diante da dificuldade.

“A gente reforçou toda programação da Parecis com seu foco de novas gerações, porque não queremos mais ver irmãos brigando com irmãos, não queremos mais ver filhos distantes. Por meio do Senar, por meio do próprio Sindicato, fazemos as academias de liderança, tem isso na Aprosoja, tem isso na Famato. Existe um suporte para isso, mas o dia a dia começa em casa, e é por isso que a gente se alegrou em ver tantas famílias nessa palestra”, finaliza.

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